Dourados
Até o dia 18 de março, os produtores sul-mato-grossenses haviam semeado 82,3% da safra estimada. O índice é superior aos 75% registrados no mesmo período da safra passada, mas inferior aos 89,9% da média dos últimos 5 anos.
O boletim levanta ainda que, o prognóstico climático demonstra grande variação das chuvas ao decorrer da safra, e que o produtor pode ter vários problemas ao efetuar a semeadura fora da janela recomendada do Zoneamento Agrícola de Risco Climático. “Em alguns solos argilosos podendo efetuar o plantio com 40% de risco até dia 31 março”.
Os técnicos da Famasul estimam que a área plantada nesta segunda safra de milho seja de, aproximadamente, 1,992 milhão de hectares, com uma retração de 12,6% quando comparado a área da 2ª safra 2020/2021 que foi de 2,28 milhões de hectares. Já a produtividade estimada é de 78,13 sc/ha, a média de sacas por hectare é considerada conservadora para potencial produtivo da cultura, gerando uma produção de 9,34 milhões de toneladas.
“A alta demanda por grãos pode impulsionar os preços e ainda aumentar a área plantada no estado”, ressalta a Federação, que ainda alerta que, por outro lado, há “muitos produtores optando por culturas que exigem menor demanda hídrica”.
Do lado do mercado, o preço médio da saca de milho no estado caiu durante a última semana. Entre os dias 14 e 21 de março, a saca do cereal no Mato Grosso do Sul passou de R$ 90,13 para R$ 89,63 uma queda semanal de 0,55%.
Na comparação anual, o preço da saca de milho subiu 19,4% entre os R$ 74,58 praticados em março de 2021 e os R$ 89,09 contabilizados em março de 2022.
“A manutenção do dólar alto e valorização no mercado internacional justificam os preços em alta”, explica a Famasul.
Até este momento, os produtores sul-mato-grossenses já negociaram 25,5% de toda a produção estimada da segunda safra de 2022, um índice 2 pontos percentuais abaixo do registrado no mesmo período do ano passado para a safrinha de 2021.
Fonte: Famasul