Evento do Projeto Soja Brasil prevê aumento de 8,1% na produção e destaca biocombustíveis como tema estratégico para o agronegócio
Teve início na sexta-feira (3), na Fazenda Recanto, em Sidrolândia, o plantio oficial da safra de soja 2025/2026, marcando a 14ª edição da Abertura Nacional do Plantio de Soja, promovida pelo Projeto Soja Brasil, uma parceria entre a Aprosoja Brasil e o Canal Rural.
A previsão é de crescimento de 5,9% na área plantada, alcançando 4,79 milhões de hectares, e expectativa de colheita recorde de até 15,2 milhões de toneladas, o que representa aumento de 8,1% em relação à safra atual. O evento reuniu cerca de 1,2 mil pessoas, entre produtores rurais, autoridades, pesquisadores, estudantes e representantes de entidades do setor
Representando o Governo de Mato Grosso do Sul, estiveram presentes o vice-governador José Carlos Barbosa (Barbosinha), o secretário em exercício da Semadesc, Artur Falcette, o secretário-executivo de Desenvolvimento Econômico Sustentável, Rogério Beretta, o diretor-presidente da Iagro, Daniel Ingold, e o diretor-presidente da Agraer, Fernando Nascimento.
Também participaram integrantes da coordenação de Agricultura da Semadesc e do Cemtec/MS (Centro de Monitoramento do Tempo e do Clima de Mato Grosso do Sul), reforçando o engajamento do Estado na promoção do desenvolvimento sustentável do agronegócio.
Durante o evento, o secretário Artur Falcette foi palestrante no painel “Biocombustíveis – Economia Verde e Oportunidades para o Produtor”, que contou com a presença do presidente da União Brasileira do Biodiesel e Bioquerosene (Ubrabio), Donizete Tokarski.
Em sua fala, Falcette destacou o protagonismo do agronegócio sul-mato-grossense e a importância de ampliar o debate sobre transição energética e sustentabilidade.
“Gostaria de destacar aos produtores rurais a relevância da discussão em torno de nossos produtos, que representam uma tendência global com impactos locais e irreversíveis. O exemplo do etanol de milho é emblemático: hoje, mais de 20 milhões de metros cúbicos são produzidos no Brasil, sendo metade já proveniente do milho. Há apenas cinco anos, essa produção era inexistente. Esse movimento mostra a importância estratégica do tema”, afirmou.
Segundo ele, o agronegócio precisa enxergar além das questões operacionais.
“Preocupações como a qualidade do diesel ou o impacto imediato do biodiesel são válidas, mas secundárias diante da dimensão estratégica dos biocombustíveis. O agronegócio brasileiro tem condições de liderar esse processo de transformação, reafirmando sua relevância global”, concluiu.