Aumento médio supera inflação oficial e deve pesar mais no bolso das famílias
A definição do valor leva em conta critérios como reajuste salarial de professores e funcionários administrativos, custos com insumos, energia, água, aluguel e investimentos em formação e capacitação. - Foto: Arquivo
As mensalidades escolares da rede privada em Mato Grosso do Sul terão reajuste médio entre 5% e 10% em 2026, índice que poderá ultrapassar e até dobrar a inflação medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), estimada em 4,83% neste ano.
De acordo com o presidente do Sinepe/MS (Sindicato dos Estabelecimentos Particulares de Ensino), Audie Andrade Salgueiro, a taxa de aumento no Estado deve acompanhar a projeção nacional.
Segundo o sindicato, a definição do valor leva em conta critérios como reajuste salarial de professores e funcionários administrativos, custos com insumos, energia, água, aluguel e investimentos em formação e capacitação.
O levantamento mais recente do Grupo Rabbit, consultoria especializada em instituições privadas, aponta que o reajuste médio das escolas particulares no Brasil para o próximo ano letivo deve ficar em 9,8%. O percentual mais que dobra a inflação oficial prevista para este ano e reforça uma tendência de aumentos acima do índice inflacionário.
Nos últimos dois anos, os percentuais também ficaram elevados: 9,3% em 2023 e 9,5% em 2024. Segundo Christian Coelho, CEO da consultoria, o cálculo considera não apenas a inflação do período, mas também os investimentos feitos no ano anterior e os reajustes salariais da categoria docente.
Um levantamento feito pelo Procon/MS, em janeiro de 2025, já havia mostrado uma grande disparidade nos preços das mensalidades escolares em Campo Grande, com variação de até 340% entre as instituições pesquisadas.
Com o novo reajuste previsto para 2026, especialistas alertam que o impacto financeiro para as famílias pode ser ainda mais significativo, reforçando a importância de planejamento no orçamento doméstico.