Dourados
Como desdobramento da Missão Ásia, o presidente da Fiems, Sérgio Longen, recebeu, nesta quarta-feira (20/08), representantes de empresas do ramo do gás natural interessadas em investir em Mato Grosso do Sul. A reunião demonstrou o potencial de trazer novos negócios para o Estado e contribuir para a transição energética das indústrias locais.
Para Longen, essa é a primeira iniciativa após as visitas feitas na Índia. “Trouxemos aqui um projeto de gás líquido, em que empresas já têm condições de atender demandas de muitos empresários de Mato Grosso do Sul. São grandes negócios que já operam em outros países e também no Brasil, então vamos avançar com esse novo produto no Mato Grosso do Sul. Temos objetivo claro com a transição energética e a neutralização do carbono que, de certa forma, as empresas já vêm construindo nas suas bases”.
Presidente da América Latina InoxCVA Índia, Marcelo Ferreira Leite afirmou que a empresa é uma das maiores do mundo no fornecimento de equipamentos criogênicos (de temperaturas extremamente baixas) para armazenagem, distribuição e regaseificação de GNL (gás natural liquefeito) e está em constante desenvolvimento global.
“É o encontro perfeito entre um país como o Brasil, com dimensões continentais e com transporte de longas distâncias, e o equipamento que atende a cadeia produtiva do GNL, que agora está gerando valor à economia de combustível. Então, acho que Mato Grosso do Sul é um mercado que pode ser pioneiro na inovação e um dos primeiros do Brasil a fazer a transição da matriz energética do combustível fóssil do diesel para o GNL, que é uma energia mais limpa, mais sustentável e mais segura”, afirmou.
Já a gerente executiva da Edge, Priscilla Rezende, explicou que o foco da empresa é trazer soluções para a transição energética. “Querendo trazer, não só para Mato Grosso do Sul, mas para o Brasil, soluções a gás natural, seja para os clientes que já estão hoje na rede de distribuição, seja para as distribuidoras ou para os clientes que ainda não estão na rede de distribuição. Com GNL e com o biometano, conseguimos combinar a eficiência de um produto combustível de alta performance a descarbonização. Então, quando olhamos essas duas combinações, a ideia é avançar na cadeia, não só de indústrias, mas também de frotistas, de rodoviário, na substituição de produtos que hoje estão de alguma forma fugindo da pegada de descarbonização”, enfatizou.
O secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, destacou que as possíveis parcerias estão em consonância com a agenda estratégica de transição energética do governo, que visa atingir a meta de carbono neutro até 2030, em Mato Grosso do Sul. “Apresentou-se mais uma alternativa de transição energética do diesel para o gás natural, nesse caso, o gás natural liquefeito”.
Também presente ao encontro, o secretário municipal de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio de Campo Grande, Ademar Silva Júnior, reforçou que o setor é moderno, ganha espaço no mundo e apresenta inúmeras possibilidades. “O Sistema Fiems inova trazendo duas grandes empresas para mostrar o potencial desse setor. Campo Grande está aberto para esse tipo de investimento. Vamos sentar agora numa reunião mais técnica para começar a achar caminhos para que esse setor do gás natural possa ser uma realidade nos próximos anos no Mato Grosso do Sul e, com certeza, aqui em Campo Grande”.