Valor impulsionará consumo, ampliará renda e reflete crescimento expressivo do mercado formal e do número de segurados do INSS no Estado
O pagamento do 13º salário promete dar um fôlego significativo à economia sul-mato-grossense até o fim de 2025. Dados atualizados do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos) apontam que o Estado deve injetar mais de R$ 5,2 bilhões no mercado, somando trabalhadores formais, aposentados e pensionistas — uma das maiores movimentações financeiras já registradas em Mato Grosso do Sul.
A estimativa consolidada projeta a circulação de R$ 5.202.444.040 ao longo do ano, volume puxado sobretudo pelos empregados com carteira assinada, que responderão por R$ 3,9 bilhões do total. Esse montante representa um crescimento expressivo de 22,4% em relação ao ciclo anterior. Já os beneficiários do INSS contribuirão com R$ 1,28 bilhão, reforçando a presença dos inativos na renda estadual.
Parte desses recursos já começou a entrar em circulação no primeiro semestre, graças às antecipações pagas por empresas e órgãos públicos. O impacto macroeconômico também chama atenção: a fatia projetada do 13º no PIB nacional subiu para 1,65%, enquanto, no PIB de Mato Grosso do Sul, a participação chegou a 2,5%, indicando avanço de 0,2 ponto percentual.
O pagamento do benefício deve alcançar 1.287.100 pessoas em 2025, ampliando o contingente de beneficiários em 6,2%. O avanço é resultado da expansão do mercado formal, que registrou 893.441 postos de trabalho com carteira assinada — alta de 4,5%, equivalente a 38.160 vagas adicionais.
Entre servidores públicos e empregados do setor privado, o aumento somou 44.160 assalariados. Na contramão do crescimento geral, o emprego doméstico com carteira assinada apresentou retração, caindo de 27 mil para 21 mil trabalhadores, e passando a representar apenas 1,6% do total de beneficiados.
No grupo de aposentados e pensionistas do Regime Geral do INSS — responsável por pouco mais de um terço dos inativos — houve crescimento de 10,5% no número de segurados, que passou de 356.165 para 393.659 pessoas. A renda média também aumentou, chegando a R$ 1.671,62, cerca de R$ 90 a mais do que no ano anterior.
Apesar de o levantamento não incluir dados detalhados dos servidores aposentados das esferas estadual e municipal, o DIEESE estima que eles representem aproximadamente metade de todo o valor destinado ao grupo de inativos em Mato Grosso do Sul, ampliando ainda mais o impacto do 13º salário no desempenho econômico do Estado.