Professora da UFGD é afastada após alunas denunciarem importunação sexual

A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) afastou temporariamente uma professora do curso de medicina após quatro alunas denunciarem um suposto caso de importunação sexual ocorrido durante uma atividade acadêmica realizada na casa da docente, na noite de 9 de junho.

Segundo nota divulgada pela instituição, o afastamento foi recomendado pela Corregedoria da UFGD e comunicado às chefias da servidora no Hospital Universitário, na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) e na Pró-reitoria de Gestão de Pessoas. A universidade destaca que a decisão tem caráter acautelatório, não punitivo, com o objetivo de preservar a integridade dos envolvidos enquanto as investigações são conduzidas.

De acordo com o relato das estudantes, ao chegarem à residência, foram inicialmente recebidas por um homem idoso, que estaria usando apenas uma cueca. A professora teria se desculpado pelo episódio e as convidado a entrar.

Na sequência, um segundo homem — identificado como filho da docente e, segundo ela, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA) — teria se aproximado das alunas, abraçando-as por trás e beijando-as, sendo que uma das vítimas afirmou ter sido beijada na boca. Ainda segundo o relato, ao tentar se afastar e alegar que tinha um namorado, o homem teria insistido, dizendo: “quanta mulher bonita, quero tirar foto com elas”.

A UFGD afirma ter adotado providências logo após tomar conhecimento do caso, no dia 10 de junho. Na mesma data, foi publicada uma portaria oficial determinando o afastamento da professora por tempo indeterminado. Embora o nome da docente tenha constado no documento, parte dos procedimentos segue sob sigilo.

As investigações continuam, e a universidade reforça o compromisso com a apuração rigorosa dos fatos e com a manutenção de um ambiente acadêmico seguro e respeitoso.