Dourados
Rapaz de 21 anos morreu após ingerir destilados; garrafas de cachaça e vodka foram apreendidas em estabelecimentos próximos à residência da vítima
Caixa é lacrada e levada para exame pericial (Foto: Bruna Marques/Campo Grande News)
A Polícia Civil intensificou nesta sexta-feira (3) as investigações sobre a morte de um jovem de 21 anos em Campo Grande, suspeita de estar relacionada à ingestão de bebidas adulteradas com metanol. Equipes da Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo) e do Garras (Delegacia de Repressão a Roubos a Bancos, Assaltos e Sequestros) cumpriram diligências em um mercado e em uma conveniência no bairro Jardim Colibri, recolhendo garrafas de cachaça e vodka para análise.
O mercado vistoriado fica a cerca de 200 metros da conveniência e na mesma quadra da residência da vítima. Neste local, policiais encontraram duas caixas de cachaça da mesma marca que o jovem teria consumido antes de passar mal. A ação também contou com apoio da Vigilância Sanitária e do Procon/MS.
O rapaz, que morava no bairro, passou mal após ingerir whisky e cachaça nesta quinta-feira (02). Ele foi levado à UPA Universitário apresentando náuseas, desconforto estomacal e vômitos escuros. Apesar de chegar consciente e com sinais vitais estáveis, o estado de saúde se agravou rapidamente. Mesmo após tentativas de reanimação, ele não resistiu. O corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), que fará exames toxicológicos para confirmar a causa da morte.
Familiares deram relatos divergentes à polícia sobre os hábitos da vítima: o irmão afirmou que o jovem já consumia bebidas alcoólicas há algum tempo, enquanto a mãe negou essa informação.
A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar a procedência das bebidas. Além das garrafas recolhidas nesta sexta-feira, outros 13 frascos de destilados já haviam sido apreendidos anteriormente para perícia. O delegado Wilton Vilas Boas, responsável pelo caso, afirmou que a principal hipótese é de intoxicação, mas somente os laudos laboratoriais e o exame necroscópico vão confirmar a presença de metanol ou outras substâncias nocivas.