aso está sob investigação da Decon, que recolheu 13 frascos de bebidas para análise; exames toxicológicos vão apontar a causa da morte
Um rapaz de 21 anos morreu em Campo Grande depois de passar mal na madrugada desta semana, após consumir bebidas alcoólicas como whisky e cachaça. Ele chegou a ser levado para a UPA Universitário, mas não resistiu ao agravamento do quadro clínico.
De acordo com informações repassadas ao Jornal Midiamax, o jovem deu entrada na unidade de saúde consciente, conversando com a equipe e apresentando sinais de desconforto estomacal, náuseas e vômito de coloração escura. Inicialmente, os sinais vitais estavam estáveis, mas, em pouco tempo, o estado de saúde piorou de forma repentina. Apesar das tentativas de reanimação, o rapaz não resistiu. O corpo foi encaminhado ao Imol (Instituto de Medicina e Odontologia Legal), onde exames toxicológicos devem apontar a causa da morte.
No boletim de ocorrência consta que familiares relataram versões distintas sobre os hábitos do jovem: enquanto o irmão afirmou que ele consumia bebidas alcoólicas com frequência, a mãe negou tal prática.
A Polícia Civil abriu inquérito para apurar se o caso pode estar relacionado ao consumo de bebidas adulteradas. A investigação é conduzida pela Decon (Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo), que recolheu 13 frascos de bebidas no estabelecimento onde os produtos foram comprados. O material será submetido a perícia para verificar se há indícios de adulteração com substâncias tóxicas, como o metanol.
O delegado responsável pelo caso, Wilton Vilas Boas, afirmou que a suspeita inicial é de intoxicação, mas somente os laudos laboratoriais e o exame necroscópico poderão confirmar a real causa da morte. “Por cautela, recolhemos os produtos para análise, já que alguns frascos chegaram a ser entregues pela família na unidade de saúde. Todo o procedimento segue o fluxo de uma investigação normal”, explicou.
Até o momento, não há confirmação de que a morte tenha relação com os casos recentes de intoxicação por metanol registrados em outras regiões do país. Entretanto, o laudo toxicológico solicitado pela Polícia Civil vai verificar essa possibilidade.
SEJUSP
Em nota, a Sejusp (Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública) e a SES (Secretaria de Estado de Saúde) informaram que acompanham o caso.
“O corpo foi encaminhado ao Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), da Polícia Científica de Mato Grosso do Sul onde passou por exame necroscópico. Amostras foram coletadas e encaminhadas para análise laboratorial aprofundada, que deverá indicar a real causa da morte. O prazo estimado para conclusão dos exames complementares é de aproximadamente 30 dias.
A Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, por meio da Delegacia Especializada de Repressão aos Crimes Contra as Relações de Consumo (DECON), conduz as investigações, que envolvem os seguintes registros preliminares:
A Secretaria de Estado de Saúde também foi formalmente notificada sobre a suspeita de intoxicação por metanol, e atua em conjunto com os órgãos de segurança e vigilância sanitária na apuração do caso. Até o momento, não há confirmação da presença de metanol. A análise pericial segue em andamento.
O Governo do Estado lamenta o ocorrido, se solidariza com os familiares da vítima e reitera que todas as medidas necessárias estão sendo adotadas para o esclarecimento completo dos fatos”.